Chegou ao plenário da Assembleia Legislativa o projeto de lei que determina a obrigatoriedade de tradução de expressões ou palavras estrangeiras, a medida deve ser votada nos próximos dias pela Casa.
O projeto foi aprovado na semana passada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se receber o aval do Plenário do Legislativo, irá afetar a propaganda e o jornalismo gaúchos. O deputado Raul Carrion, autor do projeto, diz que “não se pretende proibir o uso de expressões estrangeiras, mas apenas exigir a tradução, para que um maior número de pessoas compreenda o que está sendo veiculado”. Ele exemplifica com as palavras “light” e “diet”, que supostamente causariam confusão entre consumidores. De acordo com a justificativa do projeto apresentado por Carrion, “light” e “diet” são muitas vezes entendidas como sinônimos, mas que, no entanto, possuem significados distintos.
O presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Torma, relata desconhecer detalhes do projeto, mas lembrou que a instituição promoveu campanha pelo uso correto da Língua Portuguesa nos meios de comunicação. “Em artigos, em textos autorais, é aceitável, mas não cabem expressões estrangeiras em matérias jornalísticas”. Para o presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Daniel Skrowonsky, a proposta é “desnecessária” e não irá impedir a presença de expressões consagradas, como “e-mail” (correio eletrônico), em textos publicados no Estado. De acordo com Skrowonsky, o uso de expressões estrangeiras “é uma evolução natural da língua”.
Fonte: Coletiva.net
terça-feira, 19 de abril de 2011
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