Vídeo: Prof. Eduardo Pellanda (PUCRS)
A primeira mesa foi formada por Pedro Lopes, da Zero Hora, Luciana Mielniczuk, professora da Universidade Federal de Santa Maria e Vivian Belochio, doutoranda da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pedro abriu a mesa falando sobre as estratégias multimídia na Zero Hora, destacando a diversidade de formatos que o jornalismo digital oferece para a veiculação de notícias. Vivian apresentou uma pesquisa sobre o mapeamento do ensino do jornalismo digital no Brasil, indicando a valorização da disciplina nos cursos, atualmente. Luciana deteu-se em um assunto mais específico, abordando o uso dos links e da narrativa hipertextual na produção jornalística.
Foto: cobertura feita pelos alunos da Unisinos
Juremir Machado da Silva, professor da Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, na segunda mesa, falou sobre o fim da escrita e de questões econômicas sobre a publicação de conteúdos impressos e online. “O internauta é um ser onipresente”, disse Juremir, referindo-se a quantidade de informações postadas diariamente na rede. Liana Pithan, do Terra, abordou a reportagem online, trazendo alguns depoimentos de colaboradores de sua empresa a respeito da atividade jornalística diária que desempenham. Ronaldo Henn, professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, apresentou apontamentos sobre a crise do jornalismo institucionalizado no atual contexto marcado pela digitalização. “Essa crise não se dá apenas sobre como acontece a migração dos meios tradicionais para os meios digitais, mas são transformações que passam pela descoberta do meio, através da hipertextualidade, da interatividade e da multimidialidade, além de outras narrativas”, explicou Ronaldo em sua fala.
Foto: Maria Clara Aquino
Na terceira mesa estiveram presentes o professor Eduardo Pellanda, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a professora da Pontifícia Universidade Católica de Pelotas, Raquel Recuero, e Larissa Magrisso, gerente de conteúdo da agência W3 Haus. Larissa abriu a mesa contando sobre o case “Sonho com você”, da Sonho de Valsa, desenvolvido pela W3 Haus nas redes sociais. A gerente de conteúdo destacou a importância da participação do público para o sucesso do case. Raquel falou sobre a era da hiperconexão no jornalismo e citou McLuhan para dizer que hoje as redes são as mensagens, criando um novo espaço informacional. “As redes hoje são as fontes e cabe ao jornalista organizar e filtras essas informações todas”, disse Raquel sobre a grande quantidade de conteúdo online. Ela afirma que “o jornalismo não é mais aquele que dá a noticia primeiro, mas aquele que dá visibilidade, que filtra o que é relevante, que mapeia o espaço social”. Pellanda abordou a questão da mobilidade no jornalismo e na comunicação em geral, enfatizando a conexão como característica do contexto atual e a participação dos públicos na produção jornalística.
A última mesa foi composta pela professora do curso de Comunicação Social da Ulbra, Maria Clara Aquino, pelo jornalista da Zero Hora Diego Guichard e pela professora do curso de Comunicação Social da Universidade Feevale Christine Bahia. Christine abriu a mesa falando sobre a questão da leitura não-linear no ambiente online, destacando as possibilidades de navegação por parte dos leitores na web. Maria Clara abordou a convergência no ensino do jornalismo digital, realizando uma contextualização do conceito de convergência em paralelo a evolução do jornalismo na web. Por fim, Diego apresentou seu trabalho de cobertura online do Sport Club Internacional e comentou sobre o papel do jornalista multimídia hoje nas redações.
O I Encontro Regional de Jornalismo Digital teve 130 inscritos e contou com transmissão ao vivo pela web. Os vídeos das mesas podem ser conferidos aqui. Uma segunda edição já está sendo planejada para o primeiro semestre de 2012.
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