sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ex-aluno da Ulbra concorre ao prêmio José Marques de Melo de Estímulo à Memória da Mídia

Texto: Wender Zanon
Foto enviada por Carlos Eduardo Garcia

A edição de 2011 do Encontro Nacional de História da Mídia acontece nos dias 28,29 e 30 de abril em Guarapuava no Paraná. Pela primeira vez, o evento contará com a outorga do Prêmio José Marques de Melo de Estímulo à Memória da Mídia. Os trabalhos inscritos no congresso por alunos graduandos estarão automaticamente credenciados a concorrer ao prêmio. A lista com os vencedores será divulgada na sessão de encerramento do evento, que ocorre na manhã do último dia das atividades, na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

O primeiro colocado ganhará uma viagem ao Rio de Janeiro, para conhecer a Central Globo de Produção (CGP/Projac), além de um kit de obras lançadas pelo braço educacional das Organizações Globo, o Globo Universidade (patrocinador do concurso cultural). O professor orientador do trabalho vencedor também será contemplado com a mesma viagem. Os segundos e terceiros colocados receberão kits do Globo Universidade.

O júri desta primeira edição é composto pelos coordenadores de GTs do evento e por membros da diretoria da Associação Nacional de Pesquisadores em História da Mídia (Alcar). O Prêmio leva o nome do professor doutor José Marques de Melo, uma referência internacional em estudos e desenvolvimento das Ciências da Comunicação.


Concorrendo a este prêmio está o ex-aluno da Ulbra Carlos Eduardo Garcia, formado em jornalismo pela Ulbra em julho de 2010, quando também defendeu o trabalho “Quando o Diário furou o Correio: a morte do Papa Pio XI na imprensa porto alegrense em 1939“, que agora concorre ao prêmio. O estudante conta que escolheu o tema pois sabia de dois autores que haviam escrito sobre o furo do Diário de Notícias no Correio do Povo na morte do Papa “Walter Galvani, em Um  Século de Poder, e Celito de Grandi, em Romance de um Jornal. As informações dos dois livros eram convergentes. Iniciei meu trabalho vislumbrando pesquisar sobre um furo que aconteceu na morte do papa Pio XII, em 1958. Entretanto, o seu Celito afirmava que aconteceram dois furos, Pio XI em 1939 e Pio XII em 1958, envolvendo os mesmos jornais e as mesmas posições”, conta Carlos Eduardo.

De acordo com o ex-aluno da Ulbra, parte da pesquisa foi realizada do museu Hipólito da Costa, onde através dos jornais da época constatou que o furo de 1958 não ocorreu, e sim, somente o de 1939. “Comecei a buscar, então, fontes que pudessem me dizer alguma coisa, o que foi dificílimo. Quem estava vivo não lembrava do episódio ou lembrava vagamente, sem informações que pudessem me ajudar. Até que falei com Jayme Copstein, que disse: 'não, de fato o furo de 1958, não aconteceu, mas muitos confundem e até inventam histórias sobre ele. Só o furo de 1939 aconteceu'".

Orientado pela professora Jamile Dalpiaz, o estudante defendeu seu trabalho e assim afirmou que ocorreu somente o furo do Diário na morte do Pio XI: "foi muito gratificante descobrir essas informações. Provou para mim que a pesquisa valeu a pena. Consegui comprovar algo que ainda não estava claro na História do Jornalismo Gaúcho”.

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