Maria Clara Aquino falou também sobre o impacto da internet na comunicação, que gera a criação de novos cursos, novos currículos e também novos profissionais. “Dentro da internet temos a mistura de vários formatos, dentro de um site temos o opção de ver um vídeo, ter acesso ao áudio de um determinado tema, e também as fotos”. Aquino diz ainda que, o internauta hoje é um emissor. De acordo com a doutoranda em comunicação e informação na UFRGS, hoje em dia, a mensagem é quem define o meio.
Adriana Kampf iniciou o debate dizendo que é necessário “aproximar os infoexcluídos dos infoincluídos”. Kampf diz que a geração de hoje está muito evoluída digitalmente. “Os computadores nas escolas tem duas funções: incluir o aluno no mundo digital; e dar mais suporte no aprendizado”.
“A informação recebida altera as práticas sociais”, foi com essa frase que Edgar Kirchof deu início ao debate. Kirchof falou dos processos de comunicação desde a antiguidade até hoje. “A cultura escrita se tornou forte quando os livros se tornaram populares, com o surgimento da imprensa, e foi essa que influenciou profundamente os atos da sociedade”. Poemas que antes eram escritos à mão e ficavam somente no papel, agora são colocados em softwares que permitem a interatividade do leitor com a obra. “Antigamente, histórias eram contadas para multidões. Hoje em dia, com os livros, por exemplo, cada um lê a história na hora que quiser”, explica o coordenador do curso de Letras da Ulbra.
Ao serem questionados sobre como lidar com a superexposição virtual, Aquino disse que de uma forma ou de outra as pessoas acabam expostas. “Devemos ter muito cuidado com o que publicamos, pois é muito difícil evitar que isso se espalhe na rede”. Kampf falou que não há como dar conta, e acredita que é necessário procurar a lei. “A internet não é uma terra sem lei, é possível rastrear IPs, por exemplo”. Kirchof resumiu sua resposta em uma frase, “a velocidade da informação gera uma grande preocupação na população”.
Outra questão levantada pelo mediador foi se a tecnologia realmente ajuda no aprendizado das crianças. Kampf disse que ajuda muito, porque existem muitos programas para isso. “Programas que despertam todas as áreas sensoriais das crianças. Os pequenos já nascem com um raciocínio para as novas tecnologias, o que nos resta é orientá-los”. Kirchof citou que sempre que surge uma nova mídia, gera-se uma discussão em torno dela. “Alguns criticam a televisão, outros a internet, até os gibis já foram criticados que seria maléficos para as crianças. Mas eu acredito sim que a internet pode auxiliar no aprendizado”. Já Aquino disse que o uso de mensagens instantâneas e as novas formas de escrever no mundo virtual afetam essa nova geração digital. “A criança já entra numa geração digital sem conhecer as mídias antigas. É necessário apresentá-las ao que já foi usado em outras épocas”.
Vale lembrar que no dia 22, o tema central foi “Violência”, debatido pelo Sociólogo da FEBEM/FASE Alceu Escobar, o delegado da Polícia Civil Andrei Vivan e o secretario adjunto da Segurança Pública em Canoas, Eduardo Pazinato. Tendo como mediador o repórter da rádio Gaúcha, Jocimar Farina. No dia 23, o tema abordado foi “Meio Ambiente”, que contou com o professor de pós-graduação em Direito Ambiental da UCS e da Feevale, Jackson Muller; o mestre em Administração e em Gestão e Auditoria Ambiental, Volnei Correa; e o coordenador do curso de Ciências Biológicas da Ulbra, Marcos Machado. O mediador foi o professor de Comunicação Social da Ulbra e presidente da TVE, Ricardo Azeredo.
Rodrigo Saldanha da Silva
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