segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ciências Sociais discute criminalidade

O tema iniciou série de debates na Ulbra

Iuri Ramos
Fotos: Arthur Tietze

Na terça-feira, dia 22, começou a I Semana Acadêmica de Ciências Sociais Aplicadas com o objetivo de trazer à comunidade acadêmica discussões relevantes para a sociedade e que frequentemente são tema do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE.



O primeiro dia de palestras teve as participações do delegado de polícia Andrei Vivan, do sociólogo da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo, Alceu Escobar e do secretário adjunto de segurança pública de Canoas, Eduardo Pazinato, com a mediação do jornalista da Rádio Gaúcha, Jocimar Farina.

O debate iniciou com as considerações de Vivan que listou os inúmeros tipos de violência como: familiar, verbal, social, entre outros, mas preferiu se concentrar na questão da criminalidade. “O Brasil é um país com diferenças sociais muito grandes e a criminalidade sempre provocou uma preocupação muito forte”, declarou.

Para Escobar, é o Estado que falhou na luta contra a criminalidade, afirmando a total falência do sistema prisional brasileiro. Também atribuiu à mídia parte da culpa pelo sentimento de insegurança que, segundo ele, espalha notícias de forma desproporcional: “As notícias de crimes em São Paulo não deveriam chegar aqui, porque confundem a população”.

Pazinato mostrou que a sociedade tenta resolver o problema da criminalidade a partir de duas posturas definidas: a repressão simplesmente e a política institucional acompanhada de um programa de ressocialização. Quanto à estrutura policial, nesse processo, Pazinato lamenta que apenas 24 municípios gaúchos possuem guardas municipais, para ele ferramentas indispensáveis no sistema de segurança pública, pela sua proximidade com a população. “Lamentavelmente o processo que desmilitarizou as polícias também as afastou da comunidade”, queixou-se.

A participação da plateia foi maciça. Além de lotar as dependências do auditório, dirigiu aos palestrantes um grande número de perguntas que demonstraram interesse e preocupação com a questão da criminalidade.

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