Revisão: Rodrigo Saldanha
Foto: Arthur Tietze
Formado em Letras, Jornalismo e Teologia, Astomiro Romais ingressou na Universidade Luterana do Brasil como professor do Curso de Comunicação Social. Frente a sua interação com as letras e livros, recentemente foi convidado a assumir a Editora da Ulbra. Ele conta que foi surpreendido com o convite e que tinha como ideia inicial conciliar a atividade com a sala de aula, mas seu perfeccionismo impediu isso. “Quem quer abraçar muitas coisas, acaba por não apertar coisa alguma”, brinca.
Apesar de sua felicidade em assumir a Editora, o mestre em Comunicação e Informação conta que ficou comovido no último dia de aula. Devido ao fato de ter sido coordenador do curso de Jornalismo, seu envolvimento e dedicação ao trabalho eram muito grandes. Agora ele se emociona com seus “filhos de celulose”, os livros, que, para ele, contêm pensamentos acondicionados em páginas, com uma perenidade que a palavra verbal ou oral não possui.
Diante de toda a crise que abateu a Universidade, houve paralisação nos trabalhos da editora, mas os projetos que estavam finalizados, apenas esperando pela impressão, já foram retomados. Hoje a situação já é melhor, e a produção está aumentando. O otimismo é grande e, para a Feira do Livro de Porto Alegre, que acontece de 30 de outubro a 15 de novembro, há projeto de oito novos títulos.
Ainda como integrante da Abeu (Associação Brasileira de Editoras Universitárias), a Editora da Ulbra está representada em várias feiras pelo país, como a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, por exemplo. Com o encontro de editores cristãos do qual a Editora também faz parte, surge para o próximo ano mais um projeto: a realização de uma feira de literatura cristã no Mercado Público de Porto Alegre.
Sobre o futuro da Universidade, Romais faz uma metáfora com os plátanos (árvores plantadas por todo o campus): “Antes os galhos estavam todos secos, as árvores estavam com aparência de desgastadas. Agora estão todas brotando, estão reverdejando, é um renascer. Então eu vejo a Universidade como a Fênix, renascendo das cinzas; é um recomeço”, empolga-se.
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