Rodrigo Saldanha
Evento: III Compolítica - Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política
Período: de 09 a 11 de dez/09, PUC - SP
Artigo a ser apresentado no GT Marketing e Imagem Pública Política
Título e resumo aprovado:
VEJA E A ESTRELA PETISTA: APROPRIAÇÕES E SENTIDOS
Profa Ms.Tânia Almeida
Profa. do curso de Relações Públicas na UFRGS, ULBRA-Canoas/RS e UNIVATES-Lajeado/RS
O artigo pretende trazer ao debate as atribuições de sentido feitas pela revista semanal de informação Veja ao Partido dos Trabalhadores (PT). A análise integra a pesquisa de mestrado intitulada “Opiniões e Sentenças em Capas de Veja sobre o Primeiro Governo Lula (Brasil, 2002 a 2006)”[1].
Das 55 capas analisadas, 13 fizeram referência ao partido seja textualmente e/ou por intermédio da estrela que o simboliza (fotografia, ilustração, fusão de ambas), tendo sido identificados quatro macro-temas, a saber: PT e as eleições de 2002 (sub-temas ‘Modo de Governar’; ‘O PT e as correntes internas’); PT no Governo (sub-temas ‘Composição de quadros’; ‘Relação PT e Governo’; ‘Ações do Governo’); PT e os movimentos sociais, e PT e os escândalos (sub-temas ‘O escândalo de 2004’; ‘O PT e as Forças Revolucionárias da Colômbia-FARC’; ‘O PT e as madeireiras na Amazônia’; ‘O caso Celso Daniel’; ‘O impacto dos escândalos sobre o PT’).
Veja, ao apropriar-se do símbolo do partido, por exemplo, o fez imprimindo-lhe uma retórica visual – a exemplo do que ocorre na representação de figuras públicas – e que se traduziu nos contornos e na textura da mesma, no posicionamento na capa (centralizada, com o vértice inclinado à direita), entre outros. A revista assumiu o controle sobre o que seria uma espécie de ‘atuação’ da estrela de acordo com a interpretação feita acerca de determinada conjuntura, fato ou ação tomada pelo governo.
A estrela se descolou dos sentidos originais atribuídos a ela no contexto de um discurso produzido pelo PT para então ancorar a opinião de Veja sobre o que seriam as características da legenda e sua performance no governo.
[1] Dissertação de mestrado defendida em maio de 2008 (PPGCOM/UFRGS), sob orientação da Profa. Dra. Maria Helena Weber, com financiamento da CAPES.
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