quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Agex Online no Twitter e entrevista com o criador da rede social


Mais conhecido como Biz Stone, Christopher Isaac Stone, o criado do Twitter está entre as 100 personalidades mais influentes do mundo, de acordo com a revista americana Time, já foi funcionário do Google e participou do desenvolvimento da ferramenta de blogs Blogger. Nessa terça, Stone chegou ao Brasil para participar do Encontro Agenda do Futuro, mas antes, do seu escritório em São Francisco, concedeu uma entrevista para a revista Veja. Confira abaixo alguns trechos.

Sempre lembrando que a Agex Online também está no Twitter, sob o usuário @agexonline, contando tudo o que acontece no curso de Comunicação da Ulbra.

O que desperta maior interesse no Twitter?
Fofocas ou notícias?
Nem um nem outro. O que desperta maior interesse são os assuntos relacionados à comunidade em que o usuário está inserido. Observamos que muita gente busca informações sobre seu microcosmo. Ou seja, se falta luz no bairro ou se há um barulho incomum, as pessoas buscam informações no Twitter, sabendo que seus vizinhos estão na mesma situação. É natural esperar que alguém saiba o que está ocorrendo e coloque isso na internet. Nossa ferramenta se tornou uma maneira de alguém se conectar imediatamente com pessoas que estão passando ou que passaram por uma mesma situação. Existe um senso de comunidade, com as pessoas interligadas e sabendo que vão encontrar informações atualizadas sobre interesses em comum. Dessa forma, o que mais movimenta o Twitter não é um tipo de post ou um post específico, mas o conjunto de muitos posts sobre uma enormidade de temas.

Barack Obama abusou do Twitter para mobilizar os eleitores e arrecadar fundos na campanha. Isso não torna as eleições mais superficiais?
A internet foi criada para dar a todos a possibilidade de obter e publicar informações. Essa troca livre e desimpedida é muito poderosa. O problema era a barreira técnica. Muita gente deixa de publicar na internet por desconhecer a linguagem técnica do meio. O Twitter reduziu essa barreira. O único requisito para publicar é saber digitar. Os políticos precisam estar conectados com seus eleitores. Como o Twitter permite a conexão direta, é natural que tenha se tornado uma ferramenta presente nas campanhas políticas. Não há nada de errado nisso. Quanto mais pessoas compartilharem informações, melhor para todos.

O Twitter é a quarta entre as redes sociais mais acessadas no Brasil, com 10 milhões de visitantes por mês. O sucesso no Brasil o surpreendeu?
Há apenas dois anos nem sequer tínhamos certeza de que alguém gostaria da nossa ideia. Mas não posso dizer que o sucesso no Brasil tenha sido uma surpresa total, porque já sabia da popularidade das redes sociais no país. Parece que a vontade de se conectar com outras pessoas é algo intrínseco à cultura do brasileiro.

Qual a principal diferença entre o Twitter e outras redes sociais, como o Orkut e o Facebook?
Nas redes sociais, a pessoa é obrigada a seguir quem o segue. Ou seja, para ter acesso às informações de alguém, é preciso que essa pessoa também esteja na sua rede de contatos. No Twitter, não. Não há necessidade de reciprocidade para seguir alguém. Você pode não seguir ninguém e ter milhares e até milhões de seguidores.

Leia a entrevista na íntegra no site da Veja.

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